sexta-feira, setembro 11

nulla

Eu nao quero conversar com ninguèm nunca mais, queria tanto nao precisar me comunicar pra nada, por nada!
Pessoas pròximas te observam o tempo todo e tudo o que voce disser/fizer pode e serà usado contra voce.
Eu nao queria quase ter me aberto pra ela, eu nao quero ter essa necessidade de desabafar, nao queria precisar escrever isso aqui, porque isso me diz que eu ainda quero ser ouvida, que ainda preciso que alguém se condoa da minha dor. Mas eu quero aprender, eu vou aprender a engolir toda essa angùstia e ela vai me consumir terrivelmente, eu sei, vai consumir todas as partes boas e depois as partes ruins até que eu me anule completamente e me torne invisìvel. Imperceptìvel. Totalmente ignoràvel.



(Expiraçao prolongada, silencio.)
Paz.

sábado, setembro 5

desenvolvendo a metàfora

Como eu estava dizendo, a maioria desiste no meio do caminho.

MAS

Hà aqueles que se esforçam, chegam até a janelinha e encontram um quarto vazio. Ou uma mobìlia sem graça.
Hà aqueles a quem eu recebo muito bem, sirvo um chà e depois tranco no armàrio, com medo de que vao embora (obviamente eles conseguem fugir, e vao de fato embora pra sempre achando que eu sou louca). Em compensaçao, tem um que vive até hoje preso là dentro, achando que é o lugar mais legal do mundo.
Tem os coinquilinos que jà habitavam a casa e vivem fazendo a maior bagunça, quebrando encanamentos e pichando as paredes. Nao nos encontramos frequentemente porque nossos horàrios sao diferentes, mas às vezes eles esquecem a chave e me acordam no meio da noite pra destrancar a porta, bebados.
Tem também os que jogam pedras nas janelas mas morrem de vontade de entrar. E eu, burra, sempre me corto limpando os cacos.
Talvez uns dois ou tres que entraram e nao conseguem achar a saìda porque eu apaguei a luz. E um pra quem eu abri a porta da frente sò pra ve-lo sair pelos fundos, deixando umas pegadas sujas que eu nunca consegui limpar. Nem tentei, pra falar a verdade. Sou muito desorganizada, merda, sempre achei isso um defeito horrìvel.


.. to be continued, maybe.